Em qualquer dia normal de trabalho existem milhões de pessoas que passam grande parte do dia no escritório – possivelmente mais horas até do que na sua própria casa.
Dito isto, uma das principais preocupações desses trabalhadores é sentir conforto e conveniência enquanto trabalham no escritório. Isto faz com que a missão de qualquer gestor seja providenciar aos seus trabalhadores um design que motive sensações positivas – felicidade, produtividade, colaboração e bem-estar no local de trabalho.
Jacob Morgan é um orador americano que fala sobre o futuro das organizações e escreveu o seguinte na Forbes:
Why should organizations invest in creating physical spaces that employees want to show up to? Well the answer seems like it should be simple common sense. For starters employee well-being is strongly correlated to employee productivity and performance and even a small shift in well-being can have a dramatic impact.
Porque é que as organizações deviam criar espaços físicos onde os empregados queiram aparecer? É esta a pergunta que Jacob começa por fazer. Segundo o próprio resposta parece que devia ser senso comum. O bem estar do empregados está fortemente relacionado com a sua produtividade e desempenho. Até uma pequena mudança no seu bem-estar pode ter um grande impacto.
Não é preciso pensarmos muito para percebermos o porquê de ser assim. Como em qualquer outro sítio, quanto melhor nós nos sentirmos, mas gosto temos em lá estar. E quanto mais gosto tivermos em estar no nosso local de trabalho mais úteis nos tornaremos.
Como diz Jacob, é senso comum. No mesmo artigo o autor acrescenta:
Employees who enjoy and like the environments they are a part of will be more engaged, productive, happy, and healthy
Traduzindo, ele diz que os empregados que gostam de estar em ambientes do qual fazem parte vão estar mais envolvidos, produtivos, felizes e saudáveis.
Apesar de ainda existirem muitos escritórios que parecem cavernas, esta é uma tendência que parece vir para ficar. As novas gerações vêm com formas de estar diferentes, e os empresários e gestores não podem ignorar este facto. As pessoas querem sentir-se felizes, realizadas e com um propósito, e olham para casos como os escritórios da Google, querendo isso também para eles (ou pelo menos um pouco)
Claro que poucas são as empresas que têm capacidade para dar estas condições de trabalho aos seus empregados – menos ainda em Portugal – mas a filosofia que pretendemos transmitir é essa mesma – bem-estar, produtividade e felicidade.
Por isso mesmo é que queremos partilhar ideias daquelas que serão as tendências ou “best practices” para 2018, no que diz respeito aos espaços, mobiliário e design para escritórios.
1 – Espaços Dinâmicos.
Este tipo de espaços aumentam a sua popularidade, agora que as empresas integram cada vez mais áreas de trabalho fléxiveis nos seus escritórios. Uma das principais características que os definem são as suas restrições minimalistas, onde os trabalhadores podem estar à vontade para trabalharem onde quiserem e como quiserem.
Neste tipo de espaços, o mobiliário do escritório pode ser facilmente movido e readaptado, o que se torna muito apelativo para os colaboradores que não têm de estar confinados aos seus postos de trabalho tradicionais. Por exemplo, pode ter sofás ou bancos onde os empregados possam trabalhar no seu computador portátil.
2 – Design Biofílico
Biofilía é definida como o amor à vida e à natureza, particularmente os elementos que a compõem. Este tipo de design utiliza a natureza como o seu pano de fundo, com padrões, formas e componentes que criam a estética e ambiente principal do escritório.
Estes espaços podem ser particularmente importantes nos centros empresariais das grandes cidades, ou grandes zonas industriais onde o acesso à natureza e a espaços verdes não é fácil ou imediato. Plantas, cores e padrões naturais que possam imitar o mundo exterior e trazê-lo para o interior do escritório.
3 – Integração Tecnológica
A tecnologia parece ser a força imparável que guia o mundo, e altera a forma como as pessoas e os negócios se comportam. Com um escritório tecnologicamente apto os empregados podem trabalhar mais rápido e de forma mais inteligente, ambas as coisas igualmente benéficas para as empresas.
Aqui o essencial é utilizar a tecnologia para ajudar os seus trabalhadores a abordar potenciais problemas de colaboração, comunicação, gestão de projectos ou outras àreas importantes. Por isso mesmo ao integrar a tecnologia no seu local de trabalho garante que inclui monitores para apresentações, capacidade para video-conferências, carregadores sem fios portáteis, smart boards, data sharing e outros componentes tecnológicos que possam acrescentar valor à sua empresa e aos seus trabalhadores.
4 – Design Inspirado em Casas
O conceito de “Em Casa Fora de Casa” é um design que diz tudo por si. Se quiser que o seu escritório transmita uma sensação caseira, acrescente-lhe aspectos e pormenores caseiros no espaço de trabalho. Pode ter um bar, uma sala de jogos, uma área lounge, uma sala de TV ou qualquer outro aspecto que queira.
Será um espaço pouco convencional mas difícil vai ser tirar os seus empregados do escritório.
5 – Áreas Inovadoras
Como referimos na introdução deste artigo, as gerações têm todas elas uma maneira de estar diferente. Os millenials enquanto grupo, já constituem uma grande parte da força de trabalho e têm uma clara propensão para o “out-of-the-box” e o não tradicional.
Aplicando esta forma de estar aos escritórios podemos dar exemplos como salas de colaboração com disposição tipo sala de estar, salas de reuniões casuais não-tradicionais como por exemplo com puffs, salas para meditação para onde os empregados se possam retirar quando os problemas do trabalho os afligem etc.
É igualmente importante para esta geração que possam formar círculos sociais e para isso muito contribuem os open spaces, porque permitem que todas as pessoas se juntem e interajam tanto amigavelmente como profissionalmente.
6 – Espaços Colaborativos
Mais uma tendência conduzida pelos millenials. Empregados desta geração tendem a fugir das suas mesas e secretárias para escritório e a juntar-se em espaços comuns onde podem trocar ideias, ter sessões de brainstorming ou simplesmente encontros casuais.
Eles preferem um design que incentive a colaboração, aprendizagem e uma cultura forte. As salas de reuniões também já não precisam de ser as tradicionais salas com portas de vidro fechadas a 7 chaves. É importante que estas áreas possam também ser adaptáveis – por exemplo, uma sala de reuniões que possa também funcionar como um recanto tranquilo.
Isto também permite uma melhor utilização do espaço.
7 – Espaços de Trabalho Com Privacidade
Apesar do aumento de popularidade dos espaços dinâmicos e dos open spaces, existem ainda grandes motivos para manter as secretárias e os espaços privados junto com os dinâmicos. Estes espaços são especialmente importantes porque permite que os empregados trabalhem com o mínimo de distracções possíveis, e embora socializar seja cada vez mais um requisito, o trabalho tem de ser feito.
Porém também aqui podemos fugir do tradicional, e optar por divisórias mais ecológicas e com uma melhor fluídez.
8 – Escritórios “Branded”
Não arranjando uma tradução de “branded” que faça sentido, todos sabemos o que é a “brand” (marca). Este conceito é baseado na ideia de que as marcas têm uma história para contar, e que incorporar essa história no edifício ou nos escritórios pode ajudar a partilhar a história e inspirar os trabalhadores ou a comunidade.
A arquitectura do seu escritório pode representar o início humilde da empresa. Os valores fundamentais da empresa podem expressar-se através de mobília, texturas, tecidos, cores ou outros elementos utilizados no ambiente de trabalho.
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